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Municipais rejeitam ataques à Petrobras

Defesa da estatal e recursos para a Educação foram discutidas na Plenária da Confetam/CUT.

Publicado: 29 Setembro, 2015 - 20h26

Escrito por: Confetam/CUT

Confetam/CUT | José Júnior
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A terceira mesa de debates da 7ª Plenária Nacional da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT), realizada na tarde desta terça-feira (29), discutiu o ataque à Petrobras, a bola da vez na pauta reacionária do Congresso Nacional. Para conduzir a discussão, foram convocados o coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria, e a Senadora pelo estado do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra. A mesa foi mediada pelos diretores da Confederação, Vlamir Lima e Edna Serafim.
 
José Maria criticou durante a pauta chamada por ele de “entreguista”. Lembrou que no Senado tramita o PLS 131, de José Serra, que pretende transferir para petroleiras internacionais os 30% das jazidas do pré-sal reservadas para a Petrobras; e na Câmara, o presidente da Casa, Eduardo Cunha, já se comprometeu a colocar em votação o requerimento de urgência para o Projeto de Lei 6726/13, do deputado Mendonça Filho (DEM/PE), que acaba com o regime de partilha e retoma o modelo de concessão, com objetivo de tirar da Petrobras e do Estado o controle sobre a exploração petrolífera do pré-sal.
 
“Se em 2002 o José Serra tivesse ganhado as eleições, a empresa já estaria privatizada. Hoje eles acusam o PT de má gestão, mas na época deles é que houve má gestão. A empresa antes de Lula se encontrava em declínio e com servidores desvalorizados. Hoje é uma das maiores do mundo”, recordou o dirigente da FUP. O petroleiro lembrou também que a grande mídia está destruindo a imagem da empresa e tem objetivos ao tentar enfraquecê-la: “querem entregá-la para o capital internacional, mas mesmo hoje com toda a porrada que ela vem levando, a população é contra a sua privatização”.
 
Por sua vez, Fátima Bezerra lembrou que, em 2013, a presidenta Dilma Rousseff aprovou lei que destina 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde, além da destinação, para os dois setores, de 50% de todos os recursos do Fundo Social do pré-sal. “Tantos os projetos de lei do senador José Serra quanto do deputado Mendonça Filho põem em risco o futuro da educação e da saúde”, ratificou.
 
A Senadora disse que, para defender a Petrobras, é necessário derrotar a agenda conservadora em curso e mudar a forma de se fazer política no país. “É estratégica a luta pela Reforma Política, para não permitir que haja retrocesso”, lembrou.
 
A parlamentar potiguar finalizou pedindo a união do movimento sindical dos servidores municipais para enfrentarem também as forças golpistas que encontram guarida nos partidos, na grande imprensa e em parte do empresariado. “Sou daquelas que estou na linha de frente para defender o mandato da presidente Dilma, não só por ser mulher, mas para defender a legalidade e a democracia. Esta é a tarefa do momento. Urgente e de todos nós. Eles querem impor a agenda que há quatro eleições o povo brasileiro vem dizendo não”, concluiu.