MENU

Servidores municipais elegem nova direção da Fessmuc Paraná

Congresso em Maringá escolheu Allyson Nathan, do Sindicato dos Servidores Municipais de Mandaguari, o novo presidente da entidade

Publicado: 22 Fevereiro, 2016 - 16h23

Escrito por: Com informações do Sismuc Curitiba

.
notice
Allyson Nathan (centro) presidirá a Fessmuc/PR nos próximos quatro anos (2016/2020)

Allyson Nathan, do Sindicato dos Servidores Municipais de Mandaguari (Sismman), é o novo presidente da Federação dos Sindicatos dos Servidores Municipais Cutistas do Estado do Paraná (Fesmmuc). A nova direção da Fessmuc foi eleita durante o 4º Congresso da entidade (Confessmuc), realizado este fim de semana, de 19 a 21 de fevereiro, em Maringá. Allyson encabeçou a chapa "Valorização, organização e luta", cujos integrantes ficarão à frente da entidade pelos próximos quatro anos (2016/2020). A Fesmmuc representa 42 sindicatos de servidores municipais no estado.

O novo presidente destacou os desafios da entidade nesta nova gestão. “Nosso maior desafio é auxiliar na estruturação dos sindicatos novos e do interior, além de formar os novos dirigentes. Nosso projeto político é de uma federação de luta, que unifique nosso ramo e que faça a defesa da classe trabalhadora”, afirmou. Ele também comemorou mudanças no Estatuto da Fessmuc, aprovadas durante o Confessmuc, que abrem espaço para a juventude e as mulheres.

“Implementamos a paridade de gênero, estabelecemos uma linha de atuação nas políticas públicas, formulamos um plano de lutas, alteramos o Estatuto da nossa federação com questões importantes, e avanços para a juventude, como a implementação de cota de participação em Congressos, Plenárias, formações, além de estabelecermos a cota de participação da juventude na direção da entidade”, afirmou.

Ao longo dos três dias de debates, delegados e os convidados do evento avaliaram a conjuntura e decidiram pelo enfrentamento à agenda conservadora nacional. No entendimento de Regina Cruz, presidenta da Central Única dos Trabalhadores do Paraná (CUT/PR), a pauta estadual também deve ser enfrentada. Ela citou a importância do Fórum 29 de Abril no combate a políticas que buscam tirar direitos dos servidores, como fez o governador Beto Richa (PSDB). Ela destacou a força dos municipais na CUT, uma vez que são o terceiro maior Ramo dentro da Central.

Em defesa da Previdência

As discussões se concentraram bastante na necessidade de proteger as previdências municipais e combater a Reforma da Previdência proposta pelo governo federal. “Vivemos uma conjuntura difícil. A CUT é contra qualquer reforma, como da previdência, que retire direito contra trabalhadores e mulheres", ressaltou Regina.

Para o deputado estadual Tadeu Veneri (PT/PR), os trabalhadores estão pagando pelos privilégios e isenções dadas aos mais ricos. Ele defende a necessidade de travar essa luta. "Precisamos discutir o assunto. 50% do rombo da previdência são oriundos de não recolhimento de impostos, dos isentos. Diversas áreas são isentas, como exportação, pequenas empresas, filantropia, etc. E quem paga por essa isenção é o trabalhador. Portanto, isso é um ponto a ser debatido. Não tem sentido, por exemplo, que as taxas de loterias não recolham para a seguridade social. E por aí vai porque um bando de rico não paga a previdência e depois consegue diversas isenções".

Quanto à análise de conjuntura, o deputado destacou que o governador Beto Richa tenta reconstruir sua imagem com o dinheiro descontado da previdência estadual. “80% dos recursos do Governo do Paraná vêm da previdência dos servidores estaduais”.

Assistente social e servidora municipal de São Paulo, a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT Nacional, Junéia Martins Batista, destacou que a crise econômica se misturou à política. “Os deputados não estão preocupados com o povo ou seus eleitores, mas apenas com o capital que patrocinaram suas campanhas. O Brasil está refém da bancada BBBA - boi, bala, bíblia”. Junénia convocou os municipais a reagirem contra a Reforma da Previdência. “Nós vamos para cima da Dilma em 31 de março, pois ela não tem feito o governo que nós elegemos. Vamos dizer não a qualquer ajuste da previdência".