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Servidoras municipais dizem não ao golpe em encontro com Dilma no Palácio do Planalto

Onze dirigentes da Confetam, CUT e Sindicatos de Servidores Municipais representaram as mulheres do Ramo no "Encontro com Mulheres em Defesa da Democracia", em Brasília.

Publicado: 08 Abril, 2016 - 15h40

Escrito por: Confetam

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Sindicalistas levaram solidariedade à presidente Dilma Rousseff

Mais de 800 mulheres lotaram o salão nobre do Palácio do Planalto, em Brasília, nesta quinta-feira (07), para levar a solidadriedade feminina à presidente Dilma Rousseff e se posicionar contra o impeachment, que tramita no Congresso Nacional, com o objetivo de destituir a primeira mulher eleita presidente da República na história do Brasil. 

Representando as mulheres da categoria, cinco dirigentes da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) participaram do “Encontro com Mulheres em Defesa da Democracia”: Paula Leite (SP), secretária de Finanças; Jucélia Vieira (SC), secretária-geral; Carmem Santiago (CE), secretária de Relações do Trabalho; e as diretoras Sueli Adriano (SC) e Liliane Coutinho (PR), ambas do Conselho Fiscal. 

Mídia sexista

"Foi muito emocionante. Dilma disse que, em nome das mulheres brasileiras que lutam todo dia para criar seus filhos, ela não poderia fugir da luta. Pela defesa dela e de todas as mulheres que enfrentam um dia a dia duro, a presidente garantiu que não iria renunciar, nem sucumbir à pressão", afirmou a diretora Carmem Santiago. Dilma se referiu à revista IstoÉ, que atribuiu à presidente traços de "histeria feminina incompatível para o exercício do cargo de chefia". 

"A revista foi muito maldosa. Disse que ou a presidente era autista, porque não reagia, ou ela era uma mulher desesperada. Para nós, Dilma respondeu que não era autista, com todo o respeito aos autista que têm o seu próprio mundo, nem era desesperada ou histérica. Ela simplesmente assumia o cargo que ela tem", contou Carmem Santiago. 

Em sua fala, a presidente Dilma Rousseff resgatou o tempo em que foi presa e torturada, durante a ditadura militar. Disse que, nem mesmo nessa época, perdeu a esperança em nenhum momento. Apesar da pressão que vive atualmente, a presidente afirmou que também não vai perder a esperança agora, em plena democracia, porque ama o povo, ama o Brasil e ama a famíia dela. 

Mulher causa tumulto

Durante o encontro, uma mulher vestindo uma camisa com a frase "impeachmente já", identificada como "a filha do Bolsonaro", entrou no salão nobre do Planalto, gerando protesto da platéia. Aos gritos de "não vai ter golpe", ela foi  expulsa pelas presentes e retirada do local pelos seguranças do Palácio. 

Do lado de fora, uma mala foi colocada, supostamente a mando do deputado Jair Bolsonaro, dando a entender que Dilma deveria ir embora. Segundo informações, um grupo de mulheres se organizou para ir até o Congresso Nacional devolver pessoalmente a mala ao deputado.

Também participaram do “Encontro com Mulheres em Defesa da Democracia” as diretoras da Central Única dos Trabalhadores (CUT/Brasil) Graça Costa, secretária nacional de Relações do Trabalho, Jandyra Uheara, secretária de Políticas Sociais e Direitos Humanos, e Junéia Batista, secretária da Mulher Trabalhadora, que falou em nome do Fórum Nacional das Mulheres das Centrais Sindicais. "Queremos lhe acalentar, se sinta abraçada por todas as mulheres. Você ficará até o final do seu mandato”, enfatizou Junéia. 

Ramo das municipais representado

O evento contou ainda com as presenças da presidente da Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado de Mato Grosso do Sul, Iraídes Fernandes, e das dirigentes do Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo Djalma Maria Prado, secretária de Cultura e Eventos, e Solange Cristina Ribeiro, secretária de Formação e Política Sindical. 

Além da CUT, Confetam e Sindicatos de Servidores Municipais, a Marcha Mundial de Mulheres, a Marcha das Margaridas, a Articulação de Mulheres Brasileiras, a Marcha pelas Mulheres Negras, as procuradoras populares, parlamentares e inúmeras representantes do movimento social feminista compareceram e protocolaram manifestos em defesa da democracia.  

"A presidente encerrou o evento muito emocianada e se sentido abraçada por todas nós. Foi muito positivo", concluiu a secretária de Relações do Trabalho da Confetam, Carmem Santiago.