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Revista Ágora destaca ataques à classe trabalhadora

Edição de agosto mostra quais têm sido os alvos da elite dominante

Publicado: 09 Agosto, 2017 - 15h47

Escrito por: Manoel Ramires

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Ágora é uma publicação do Sismuc

Ela voltou e está ousada. Tá petulante. Tá problematizando vários assuntos e provocando polêmica, mas com responsabilidade. Essa é a Ágora, edição 16, de agosto para o desgosto de quem quer retirar os direitos da classe trabalhadora e da população brasileira. E não tem assunto proibido em suas páginas. Trata do Papa ao mundo LGBT, discorre sobre moradia e ocupações, golpes, democracia, sobre mobilidade e cultura.

De cara, em sua reportagem de capa, traz uma linha do tempo mostrando o embate entre trabalhadores e governantes. De um lado, os punhos erguidos e a necessidade de resistir e lutar. Do outro, os privilégios da classe política e o uso da força para aprovar pacotaços. O texto é assinado por Thea Tavares.

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Outra reportagem especial foi realiza por Pedro Carrano, editor dessa edição. No texto “Flores do campo luta para permanecer”, ele conta como brota em uma comunidade a necessidade de ocupar um terreno em nome da moradia digna. Pedro edifica argumentos sobre como o poder público tenta implodir sonhos da comunidade mais necessitada. O jornalista assina também “Radar da Luta”. Na coluna, ele expõe os golpes e contragolpes recentes na América Latina. Coincidentemente – ou não – os ataques à democracia são sempre efetuados por liderança radicais de direita e contra governos progressistas.

E os golpes e ataques tem atingido justamente as chamadas minorias. É o que revela entrevista arrasadora de Déa Rosendo com a historiadora integrante do Conselho Nacional de Saúde, Heliana Hemetério. Na conversa, é revelado que a saúde pública está nos cacos, alvo de diversos disparos de um governo federal antipopular. Além disso, Heliana traz informações de como a comunidade LGBTI enfrenta preconceito e resistência no serviço público. Aliás, essa comunidade é tema da coluna “Curtas”, também assinado por Déa Rosendo, que encerra sua participação na revista discutindo a diferença entre ocupações e "invasões”. Ocupações essas que geraram polêmica em Curitiba nos meses de junho e julho quando servidores municipais tomaram posse da Câmara Municipal de Curitiba. “O choro preso na garganta quando foi decidido pela desocupação, pois o medo de represália da polícia era palpável”, revela Marina Alzão, que assina a coluna “Opinião” de agosto.

Pensa que acabou? Claro que não. Em suas colunas, Ágora discute o debate que o Papa Francisco tem travado contra o capitalismo. A perspicaz observação é feita pelo colunista Pedro Elói. Peguem um trechinho da discussão: “A desigualdade passou a chamar-se mérito; miséria, austeridade”.

Já em “Arte e Cultura em Movimento”, Ulisses Galeto revela o caminho das pedras para conseguir recursos em um momento em que a cultura vem sendo duramente atacada. Um pouco antes, em “3 cliques”, Giorgia Prates mostra a história de Dona Santina, que vive em um quilombo no Paraná. Ágora também busca outros personagens do povo na coluna “Mulheres”, retratando a história de Dueña Conchita, e o emocionante discurso de Diva Guimarães sobre escravidão na FLIP, e registrado, como cartão postal, na coluna “Comportamento”, assinado por Manoel Ramires. O jornalista também conta, em “Nossa Cidade”, como a Europa leva a sério a utilização de bicicletas como meio de transporte. É para ler e sair pedalando.

Ágora é um veículo do Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc), sob coordenação de comunicação de Soraya Zgoda. Ela é diagramada pela equipe da CTRLS, que também assina o cartoon sobre o coração congelado do prefeito Rafael Greca. A distribuição é gratuita e ocorre em sindicatos e movimentos sociais.