MENU

No Ceará, CUT participa do Ato “Diga não à Violência contra a Mulher”

Mobilização acontece após aumento de assassinatos no estado; segundo Secretaria de Segurança Pública, 212 mulheres foram mortas em 2012 e 267 em 2013

Publicado: 18 Junho, 2014 - 00h00

Os dados são alarmantes. De janeiro a maio deste ano, 117 mulheres foram assassinadas no Ceará. Em 2012, foram mortas 212 e, no ano passado, 267. As informações são da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Na última terça-feira (10), Maria Auxiliadora Silva Colares se tornou mais uma vítima. Ela desapareceu na noite da terça e foi encontrada, no dia seguinte, já sem vida no porta-malas do seu carro. O veículo foi abandonado ao lado da Igreja São José, no bairro Vila Peri, em Fortaleza.
Inconformada com o crime, a família realiza, nesta quarta-feira (18), às 16 h, o ato “Diga não à Violência contra a Mulher”. O protesto tem o objetivo de chamar a atenção da sociedade para a violência contra a mulher e os desafios para enfrentar o problema. Será distribuída uma carta aberta contra a impunidade e o grande número de vítimas no Ceará.
Segundo o irmão da vítima, Possidônio Colares, Maria Auxiliadora, conhecida como Auci, era muito amada, uma excelente filha, uma irmã exemplar, trabalhadora e independente. “Ela não merecia tamanha perversidade. O crime com requintes de crueldade ainda é um mistério para polícia, mas a esperança é que o caso seja esclarecido e que o culpado ou os culpados sejam presos e paguem pelo crime cometido”, denuncia.
A mobilização conta com o apoio da Casa de Cultura e Defesa da Mulher Chiquinha Gonzaga e de entidades ligadas ao movimento social.
A Central Única dos Trabalhadores (CUT-CE), que se indigna com todos os atos de violência contra as mulheres e luta em defesa dos direitos de todas, também participará do ato. De acordo com a Secretária da Mulher Trabalhadora, Ozaneide de Paulo, esse tipo de violência é uma das agressões mais cruéis contra os direitos humanos. “Cada vez mais a violência contra a mulher aumenta e não podemos nos calar diante de tamanha perversidade e nem permitir que outras mulheres sejam vítimas.”
Fonte: CUT Nacional