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Manifestações contra a reforma da previdência precisam tomar todo o Brasil, defende Confetam/CUT

Presidenta Vilani Oliveira orienta servidores das prefeituras a criarem comitês nos municípios em defesa da previdência solidária e pública.

Publicado: 22 Fevereiro, 2019 - 16h19

Escrito por: Israel Gomes/OPOVOonline

Alex Gomes
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Presidenta da Confetam/CUT aproveitou o ato para divulgar a campanha #LulaLivre

Com cartazes, palavras de ordem e discursos inflamados, integrantes de movimentos sociais e parlamentares realizaram manifestação na tarde desta quarta-feira, 20, contra a reforma da Previdência do presidente Jair Bolsonaro (PSL).

O protesto aconteceu na Praça do Ferreira e começou por volta das 15 horas. A proposta, que foi apresentada na manhã desta quarta no Congresso Nacional, prevê idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homem e 62 anos para mulher.

Conforme o vereador de Fortaleza Guilherme Sampaio (PT), este ato foi o pontapé inicial de uma "resistência" às novas regras projetadas para aposentadoria.

Ele afirma que a reforma pretende aumentar a contribuição dos trabalhadores, reduzir a colaboração das empresas e abrir o mercado privado de previdência para instituições financeiras que atuam neste setor. "Não há nenhum interesse popular pautado nessa intenção do Governo Federal", concluiu o parlamentar.

Guilherme Sampaio diz que o necessário na previdência é atualizar o modelo atual para o perfil de uma população mais longeva. Já o ex-vereador Ronivaldo Maia (PT) pontua que há setores em que é necessário aproximar a realidade do servidor público para o trabalhador privado.

Veja vídeo da manifestação

 

Ronivaldo, que tentou reeleição ao cargo de vereador em 2016, porém não obteve sucesso, criticou o aumento da idade mínima de aposentadoria para as mulheres, que passou para 62 anos.

Segundo o Emanuel Lima, secretário de comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a manifestação aconteceu em diversos estados do País. Ela foi organizada por meio das redes sociais, circulares e ofícios.

Além da CUT, participaram do protesto integrantes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Intersindical, Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas) e as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.

Durante o protesto, a aposentada Leda Vasconcelos, de 56 anos, classificou as novas propostas para aposentadoria como a "destruição da previdência e seguridade social". Ela afirma que estas novas regras são a "galinha dos ovos de ouro dos banqueiros e dos grandes empresários".

De acordo com Vilani Oliveira, presidente da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetan), em Fortaleza, o intuito é replicar as manifestações em outro lugares do País e criar comitês nos municípios em “defesa da previdência solidária e pública”. Esta orientação foi levantada durante reunião da CUT nacional esta semana, conforme a titular.

O texto da reforma da Previdência de proposto por Bolsonaro tramita como Proposta de Emenda à Constituição (PEC). Para ser aprovado, ele será analisado por comissões especiais e votado por deputados e senadores.