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Ministério Público denuncia vereador por venda de voto contra os servidores de Jaraguá do Sul

Conhecido como Dico, Isair Moser (PSDB) também foi denunciado por nepotismo.

Publicado: 21 Setembro, 2018 - 15h26

Escrito por: Sinsep

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Parlamentar foi denunciado pela Promotoria de Moralidade Administrativa

O vereador Isair Moser (PSDB), conhecido como Dico, foi denunciado pela Promotoria de Moralidade Administrativa por venda de votos e nepotismo. O inquérito investiga uma possível negociação entre o parlamentar e a Prefeitura de Jaraguá do Sul (SC) para aprovação de projetos em troca de cargos para o irmão, a namorada e a filha do político. Ivan Moser apoiou e votou a favor do pacote de cortes que retirou direitos dos servidores municipais em 2017.

Ao encaminhar o inquérito para a Câmara de Vereadores, o promotor Ricardo Viviani, autor da denúncia, afirma que a investigação não deixa dúvidas de que, no mínimo, “Isair Moser compactuou com uma situação de flagrante nepotismo para beneficiar a sua companheira Rosane das Graças Alves Theodoro, a qual (…) ocupava cargo de gerente fiscal” até ser exonerada por recomendação do próprio Ministério Público. Rosane tinha uma salário de aproximadamente R$ 7 mil no exercício da função.

De posse do ofício, a Mesa Diretora da Câmara avaliará a possibilidade de abrir um processo interno contra o vereador. Independentemente da decisão da Casa, o Ministério Público deve abrir uma ação civil pública contra o vereador e sua companheira.

Para Luiz Schorner, presidente do Sinsep, a denúncia é grave e deve ser apurada por todos os órgãos envolvidos. “A Prefeitura retirou direitos dos servidores municipais mesmo com a forte mobilização da categoria que contou com o apoio da população na greve do ano passado. Saber que o pacote de maldades do prefeito pode ter sido fruto de uma negociata ilegal é uma afronta ao Serviço Público. Não podemos aceitar a possibilidade de pessoas terem recebido verba pública em troca do corte dos nossos direitos”, avalia.

O presidente do Sindicato também pediu o apoio da categoria para pressionar a Câmara a investigar o caso: “temos que ficar em cima dos outros vereadores para que eles ao menos investiguem a tese do Ministério Público e deem uma resposta cabível diante da suspeita de desvio ético e moral do vereador Dico.”