Escrito por: Sindsep/SP

Greve pela vida conquista vacina para trabalhadores da educação em São Paulo

Servidores da rede municipal de ensino atribuem vitória ao movimento grevista, que durou mais de 100 dias.

Divulgação/Sindsep
Cartaz dá o recado: a luta agora é por vacina pra geral e por Fora Bolsonaro!

Após 120 dias de greve pela vida, educadoras e educadores da rede municipal de São Paulo começaram a ser vacinados. As trabalhadoras e os trabalhadores se manifestaram nesta sexta-feira (11), durante a vacinação das (os) profissionais da educação, momento em que comemoraram a conquista da imunização para toda a categoria.

Vitoriosa, a greve que reivindicava o direito à vacina foi suspensa na última quarta-feira (08). Mas de acordo com relatos que chegaram até o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Paulo (Sindsep/SP), há novos surtos de Covid-19 em escolas, além da subnotificação e da ausência de testagem massiva em profissionais e estudantes.

Confira o relato das trabalhadoras e trabalhadores sobre a conquista da vacina, arrancada com muita luta! 

Maciel Nascimento, secretário dos Trabalhadores da Educação do Sindsep, ao comentar sobre a importância deste momento e desta conquista, afirmou que o compromisso com o fim da greve é irmos além. “Além da defesa do SUS, queremos um governo que, de fato, se preocupe com a população. Em São Paulo, nosso próximo passo é cobrar cada centímetro da função pública: um verdadeiro Pacto Pela Vida e o atendimento total às famílias,” disse Maciel lembrando da importância de se garantir a segurança dos alunos e seus familiares. 

Luana, professora da Zona Leste, falou sobre este ser um dia de esperança, fruto de 120 dias de greve e de luta. Mas, relembrou que “nossa felicidade só estará completa quando a vacina for uma realidade para todos.” E frisou a importância do sistema público de saúde, “viva o SUS e os serviços públicos. Fora Bolsonaro e a Reforma Administrativa!”

Adriana, supervisora escolar na Zona Sul, frisou que a vacina é consequência de 120 dias de luta, com privações de salário e uma postura autoritária por parte da SME e recordou que alunos e alunas precisam de atenção e proteção. Lembrando dos companheiro que, infelizmente, faleceram nesta pandemia, disse: “é um misto de emoção e de dor, por todos e todas que não conseguiram viver para usufruir desta cara conquista! “ E reforçou a continuidade do movimento em  defesa da vida, “a luta continua, seremos resistência contra a barbárie, até que todos e todas sejam imunizados! Cada vida importa!”

Laura, professora e coordenadora pedagógica na Zona Oeste, falou sobre o orgulho da greve pela Vida e da importância da luta. “Fui sacudida por um turbilhão de emoções e pensamentos. A confirmação de que lutar sempre vale a pena. Um orgulho da nossa greve pela vida, que enfrentou a normalização da morte e exclusão. A alegria por essa conquista não pôde ser completa, pois precisamos de vacinas para geral, para educandos, suas famílias e toda população. Laura também lembrou das servidoras da Saúde, linha de frente no combate à pandemia, “Um enorme agradecimento a todas as trabalhadoras do SUS, mais do que obrigada temos de lutar pela saúde pública todos os dias.”

Lira, professora de CEU na Zona Oeste, reforçou a vacina como uma conquista da luta. “Hoje, a satisfação de tomar uma vacina, fruto da luta, só fez aumentar a certeza que só o movimento coletivo é capaz de construir uma possibilidade de futuro melhor.” E concluiu, “Só a luta muda a vida!”