Escrito por: Déborah Lima

Greve dos professores de São Miguel (RN) completa uma semana fortalecida

Paralisação prossegue enquanto o prefeito não abrir as negociações, avisa dirigente.

Professores realizaram protesto na prefeitura

De braços cruzados desde o dia 18 de maio, os servidores da prefeitura de São Miguel, no Estado do Rio Grande do Norte, seguem firmes na luta pelo respeito aos direitos dos trabalhadores da Educação. Diante da intransigência da Administração Municipal, que se recusa a negociar com o sindicato da categoria, os municipais decidiram entrar em greve.

Na pauta de reivindicações está o cumprimento da Lei 11.738/08, que institui o piso salarial nacional dos profissionais do magistério público da educação básica; do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR); e o pagamento dos quinquênios.

No dia 21 de maio, com o apoio da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) e da Federação dos Trabalhadores em Administração Pública Municipal do Estado (Fetam/RN), os professores realizaram um protesto, em frente a sede da prefeitura, para exigir a abertura de diálogo. 

Queda de braço

"O prefeito se recusa a negociar porque, para ele, o sindicato não existe, é ilegal, aquela velha história. Então, tiramos como posicionamento de que, ou o prefeito reconhece e negocia com o sindicato, ou então tá instaurada a queda de braço", avisou o presidente da Fetam/RN, Francisco de Assis Gomes Filho, secretário de Relações Internacionais da Confetam/CUT. 

De acordo com Assis Filho, a greve dos professores de São Miguel completa uma semana, nesta sexta-feira (25), fortalecida pela adesão da categoria em todo o município. "Enfrentamos uma questão de ordem política, mas o recado já foi dado e o prefeito vai ter que ceder. A greve tá muito forte e é por tempo indeterminado", avisa o dirigente.