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Formação política para libertação dos oprimidos

Estamos constituindo um grupo de intelectuais orgânicos, que na terminologia gramsciana significa um grupo de indivíduos que se armam dos conhecimentos necessários e os utilizam na luta pela libertação dos oprimidos na sociedade capitalista.

Publicado: 25 Novembro, 2014 - 00h00

Nos dias 26, 27 e 28 de novembro de 2008, realizamos em Porto Alegre, com a participação de 106 sindicalistas organizados pela CTB-RS, o primeiro curso de formação sindical básica do convênio firmado e renovado entre a CTB, representada pelos presidentes Wagner Gomes e Adilson Araujo, tendo a professora Celina Areas como secretária de Formação e Cultura, e o CES, representado pela coordenadora geral Gilda Almeida, tendo como coordenador-técnico, Augusto Petta.
A assinatura deste convênio é um marco importante no processo de formação sindical que desenvolvemos. De lá para cá, atingimos nas atividades de formação realizadas, 10.039 participantes, sendo 7009, envolvendo sindicalistas da direção nacional, das direções estaduais e de entidades filiadas a CTB, e 3030 participantes de entidades filiadas a outras centrais ou sem filiação a centrais.
Trata-se de um número muito significativo, quando comparado às outras experiências de formação sindical, já realizadas no Brasil. No auge do processo de formação política e sindical desencadeado pela CUT, período de 87 a 93, contando com grandes recursos financeiros, o número de participantes atingiu 11.589.
Os 10.039 sindicalistas participaram de cursos de formação básica, cursos de gestão sindical, cursos de formação de lideranças sindicais, cursos de formação de formadores e formadoras, seminários de planejamento estratégico situacional, seminários de vários temas inclusive de nível internacional, palestras, oficinas, debates.
Acreditamos ser uma experiência bastante exitosa, não só pelo número de participantes, mas também pela qualidade da formação transmitida. São formadores e formadoras que foram forjados na luta pela transformação da sociedade, vindo alguns da Universidade e outros do próprio movimento sindical e político.
Estamos constituindo um grupo de intelectuais orgânicos, que na terminologia gramsciana significa um grupo de indivíduos que se armam dos conhecimentos necessários e os utilizam na luta pela libertação dos oprimidos na sociedade capitalista.
As eleições de outubro demonstraram a necessidade premente de que a formação sindical e política seja cada vez mais implementada. Para que o candidato Aécio Neves conseguisse mais de 50 milhões de votos, certamente contou com apoio de uma parcela significativa da classe trabalhadora.
Portanto, é necessário elevar o nível de consciência política desses trabalhadores e trabalhadoras, que provavelmente acreditam que o candidato das classes dominantes poderá trazer a eles, melhores condições de vida, o que evidentemente é uma falácia.
E, para elevar o nível de consciência política, o processo de formação é fundamental, seja pela inserção desses trabalhadores e trabalhadoras na luta sindical e política, seja pela participação de cursos, debates, seminários e outras atividades.
O principal convênio que o CES tem hoje é com a CTB, central sindical classista que, ao mesmo tempo em que estimula a luta econômica, se insere na luta política e ideológica para a conquista de uma sociedade justa e solidária. Também tem outros convênios com outras entidades sindicais, que também valorizam o processo de formação.
Em 2015, o CES fará 30 anos de existência, com uma longa folha de serviços prestados à formação de muitos dirigentes sindicais. Podemos considerá-lo, com todas as dificuldades que enfrenta, como um patrimônio do movimento sindical brasileiro. Ao mesmo tempo em que comemoramos os êxitos do CES durante estes anos todos, sabemos que temos muito a caminhar até chegarmos a atingir não só os dirigentes sindicais, como também os trabalhadores e trabalhadoras em geral.