Escrito por: Déborah Lima

Entidades propõem paralisação nacional dos trabalhadores do serviço público no dia 24

Proposta foi apresentada durante reunião virtual da Frente Parlamentar Mista do Serviço Público, realizada na tarde desta segunda-feira (1º) com a presença da presidente da Confetam, Vilani Oliveira

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Mais de 40 lideranças participaram da reunião virtual da Frente Parlamentar Mista

Discutir a realização de uma paralisação conjunta dos servidores das três esferas de governo no dia 24 de março e construir uma Plenária Nacional da Educação para o dia 30 de maio. Estas foram as principais propostas apresentadas pelas entidades participantes da 30ª reunião da Frente Parlamentar Mista do Serviço Público, realizada virtualmente na tarde desta segunda-feira (1°/03) com a participação de mais de 40 lideranças, entre elas a presidenta da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT), Vilani Oliveira.

Convocada para desenvolver uma estratégia conjunta de proteção ao serviço público e aos direitos dos trabalhadores do setor, ameaçados por um conjunto de Propostas de Emendas Constitucionais (PECs) apresentado pelo desgoverno Bolsonaro ao Parlamento, a reunião contou com a presença dos deputados Paulo Ramos e Rogério Correia, que deram informes sobre a tramitação das matérias.

“Ficou claro que essas PECs 32 (Reforma Administrativa), 186 (Emergencial), 187 (Fundos Públicos) e 188 (Pacto Federativo) são, na verdade, o aprofundamento da Emenda Constitucional 95, que congelou os gastos públicos por 20 anos”, compara Vilani Oliveira.

PEC Emergencial 

Nesta terça-feira (02), após a reunião do Colégio de Líderes do Senado, será apresentado o relatório da PEC Emergencial (186). De acordo com os deputados presentes na reunião da Frente, a maioria das propostas de emendas feitas à PEC foi rejeitada ou alterada. Também foi confirmado um racha na base do governo provocado por vários parlamentares que defendem a desvinculação do Auxílio Emergencial da votação da PEC 186, prevista para a próxima quarta-feira (03).

A Frente Parlamentar Mista se reúne semanalmente, sempre as segundas-feiras, das 14 às 15 horas, e promove twittaços permanentemente, como o ocorrido na noite desta segunda-feira (1) contra a proposta de Reforma Administrativa, com a hashtag #ReformaNãoAuxílioSim. 

Agenda de lutas

Na agenda de lutas, também estão previstas a realização de uma plenária, no próximo dia 3, pelas Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, e de ações conjuntas para disseminar a pauta da Frente, que inclui a defesa do serviço público, das estatais, do auxílio emergencial, da vacina para todos, do não retorno às aulas presenciais, contra o pacotaço de PECs que desmonta os serviços públicos e pelo impedimento de Jair Bolsonaro. 

“Fica claro pra mim que a saída é essa. Se a gente não conseguir unificar todas as entidades do serviço público, das estatais, independentemente de centrais sindicais, ficará muito difícil fazermos esse enfrentamento. A Frente cumpre esse papel porque está além dos partidos, além das centrais, aglutinando todo mundo. E é nesse processo que a gente vai fazendo essas construções”, avalia a presidenta da ConfetamCUT.      

Tributar os super-ricos

Vilani Oliveira defendeu ainda que as entidades integrantes da Frente abracem a Campanha Tributar os Super-Ricos como forma de o Congresso Nacional garantir os recursos necessários para o pagamento do Auxílio Emergencial e das demandas da saúde durante a pandemia.