Escrito por: Manolo Ramires

Em Curitiba, presidente da Confetam prega resistência aos servidores municipais

Vilani Oliveira esteve no Paraná para lançamento da Campanha de Lutas do Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc)

Andrea Rosendo
Vilani Oliveira e a secretária de Saúde do Trabalhador Irene Rodrigues no lançamento

A presidente da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT), Vilani Oliveira, esteve na capital paranaense para participar do lançamento da Campanha de Lutas 2017 do Sismuc – Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba. A campanha “Sou + Municipais” discute a necessidade de investimentos no serviço público para melhor atender os contribuintes. Também destaca a luta por direitos e valorização profissional.

Com o mote “Resistir e Lutar”, a presidente da Confetam/CUT falou da importância de os sindicatos e os trabalhadores se unirem diante dos ataques neoliberais sofridos em âmbito nacional, estadual e municipal. “Nós pretendemos levar para o povo brasileiro os ataques aos direitos com a redução do estado, retirando recursos da saúde, educação, segurança e assistência social. Só tem uma forma de combater isso: é resistência e muita luta”, incentiva Vilani Oliveira.

Combater as reformas é prioridade

Para ela, a confederação, os sindicatos municipais e federações têm alguns tópicos muito em comum para serem debatidos com a sociedade. “As reformas da previdência e trabalhista são prioridades. Por todo o país é necessário observar os riscos que a população está correndo”, alerta a dirigente.

A Confetam/CUT deve lançar nos próximos dias um material que aborda a reforma da previdência. O intuito é alertar sobre a gravidade do que significa as reformas pretendidas pelo governo ilegítimo de Michel Temer. “Essas reformas acabam com a CLT e com o estatuto dos servidores. Não é apenas prorrogar o tempo para aposentadoria que nos preocupa, mas a dinâmica de retirar dinheiro para colocar na iniciativa privada”, esclarece Vilani.

Greve em Florianópolis

A greve dos servidores municipais de Florianópolis também é um tema discutido pela presidente. Em muitas gestões a medida adotada tem sido aumento de alíquota, estabelecimento de tetos previdenciários e estímulo a previdência complementar. “O que acontece em Florianópolis é um reflexo em proporção maior do que ocorre em muitos municípios. Na região Norte, temos visto municípios com cinco meses de atraso e em 2017 prefeitos com discursos prontos e combinados sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal”, avalia.