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Confetam volta à Brasília para apoiar luta pela votação do PL da Enfermagem

Os secretários de Saúde do Trabalhador, Oldack Sucupira, e de Políticas Públicas e Sociais, Irene Rodrigues, foram à Capital Federal exigir que presidente do Senado ponha o projeto em votação

Publicado: 17 Agosto, 2021 - 19h15

Escrito por: Déborah Lima

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Irene Rodrigues (centro) e Oldack Sucupira (dir.) na marcha pela Esplanada dos Ministérios

Caravanas de servidores municipais de vários estados brasileiros se dirigiram à Brasília, nesta terça-feira (17), para apoiar o Dia Nacional de Luta pela aprovação do Projeto de Lei 2564. Mais conhecido como PL da Enfermagem, o projeto estabelece pisos salariais nacionais para enfermeiros, técnicos, auxiliares e parteiras, e regulamenta em 30 horas semanais a jornada de trabalho dos profissionais da Enfermagem.

As comitivas do ramo dos municipais CUTistas foram reforçadas pelas presenças do secretário de Saúde da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT), Oldack Sucupira, e da secretária de Políticas Públicas e Sociais, Irene Rodriues. Eles representaram a entidade na passeata que saiu da Praça do Museu em direção ao Congresso Nacional.

Os Sindicatos dos Servidores Municipais de Balsas (Sindsepm-Bal/MA), Assu (Sindsep/RN), Tianguá (Sismut/CE), Crato (SindsmCrato/CE) e a Federação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal do Estado do Ceará (Fetamce) também engrossaram a passeata dos profissionais da Enfermagem pela Esplanada dos Ministérios.

Piso e jornada enfrentam resistência

Os manifestantes foram novamente exigir do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM/MG), que inclua o PL 2564 na pauta de votação da Casa. Pelos cálculos do autor do projeto, senador Fabiano Contarato (Rede/ES), a matéria já tem votos de sobra para ser aprovada, mas enfrenta a resistência de Pacheco em colocar a atual versão da proposta em votação.

O texto, que prevê pisos salariais de R$ 7.315,00 para enfermeiros; R$ 5.120,50,00 para técnicos; e R$ 3.657,50,00 para auxiliares e parteiras, também enfrenta grande resistência de gestores da saúde privada e pública, entre eles prefeitos e prefeitas, que se articulam com a Presidência do Senado para retirar a carga horária do projeto e reduzir os valores dos pisos à média salarial da categoria.

O secretário de Saúde da Confetam/CUT defendeu a votação do projeto na íntegra. “Não aceitamos negociar. Queremos o PL integral, com o piso e a carga horária de 30 horas. Não abrimos mão de forma alguma”, avisou Oldack Sucupira. ”30 horas para a Enfermagem é respeito, é valorização. Nós somos a categoria que mais sofreu na pandemia com o maior número de contaminados e de mortes. Por isso, essa categoria que nunca deixou a luta merece as 30 horas para poder se dedicar cada vez melhor”, emendou a secretária de Políticas Públicas da entidade, Irene Rodrigues.

Se não pautar, não vai voltar!

A dirigente destacou que o piso salarial da Enfermagem dá dignidade a esses profissionais, que muitas vezes abrem mão do convívio familiar para poder se dedicar a cuidar dos outros. “Senadores, votem o PL 2564. Quem não pautar (Rodrigo Pacheco) não vai voltar (nas eleições de 2022). Esse é o recado para o presidente do Senado”, completou Irene. “Se não pautar, não vai voltar”, reforçou Oldack Sucupira.