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Confetam participa da Conferência Estadual Popular de Educação

Mais de 500 delegados de vários segmentos educacionais participam do evento

Publicado: 06 Abril, 2018 - 13h25

Escrito por: estagiária Bárbara Oliveira

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Secretária da mulher da Confetam, Ozaneide de Paula, participou da mesa de abertura da COEPE

A secretária da mulher da Confetam, Ozaneide de Paula, participou da abertura da COEPE (Conferência Estadual Popular de Educação do Ceará) que acontece nos dias 5 e 6 de abril, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza.

O objetivo da COEPE é mobilizar a sociedade cearense para intensificar o monitoramento e avaliação do cumprimento do Plano Estadual de Educação (PEE) e do Plano Nacional de Educação (PNE), o corpo das leis, suas metas e estratégias, além de propor políticas e ações que indiquem responsabilidades, corresponsabilidades, atribuições concorrentes, complementares e colaborativas entre os entes federativos e os sistemas de educação.

A COEPE faz parte da agenda do Sistema Nacional de Educação que propõe políticas para a garantia do direito à educação de qualidade social, pública, gratuita e laica.

Ozaneide, que também é professora, destacou que os trabalhadores e trabalhadoras precisam de educação pública de qualidade, principalmente, os que moram nas periferias. Ela afirmou que “a política pública de educação que nós queremos tem cara, tem cor, tem sexo, tem raça, tem classe social, é a classe pobre. Nosso papel é construir uma unidade de resistência contra os retrocessos que a classe trabalhadora está vivendo nas políticas educacionais”, disse.

A representante da Confetam no Fórum Nacional Popular de Educação (FNPE), Carmem Santiago, participou da abertura da COEPE. Ela ressaltou a importância da Conferência que teve participação de mais de 500 delegados e delegadas de todas as regiões do Ceará e de vários segmentos educacionais, como educação básica, profissionalizante e científica.

Carmem enfatizou que “há um protagonismo dos trabalhadores do ramo dos municipais, seja para combater a EC 95, que tem reduzido gastos por 20 anos, seja para permanecer os direitos conquistados historicamente. A nossa resistência fazendo manifestações ou negociando com os prefeitos os reajustes dos professores e demais categorias, está sendo feita na conferência com muita propriedade pelos trabalhadores no ramo dos municipais”, disse.

Educação e política

A presidenta da Confetam, Vilaní Oliveira, fez uma avaliação sobre a fase política e educacional que o país está enfrentando. “No momento em que o golpe está sendo consolidado através da perspectiva de prisão do ex-presidente Lula, no momento em que os ataques a educação foram bastante agressivos, como a reforma do ensino médio, o esvaziamento do fórum nacional de educação, a inviabilização das conferências nacionais, o sucateamento das universidades, os cortes bruscos de recursos que impactam em toda a rede de ensino nas três esferas a realização das conferências regionais e estaduais popular de educação é um marco na história dos educadores deste país e das suas entidades de classe e espero que possamos sair fortalecidas criando uma unidade permanente entre as entidades”, ressaltou.

Vilaní, que também é professora e secretária de formação política do Sindicato Unificado dos Profissionais em Educação de Maracanaú (Suprema), reafirmou que em momentos de ataques e em momentos de golpe, o primeiro segmento que é atacado é o da educação, “porque o governo não consegue conviver com a educação libertadora, que promove a cidadania. Por isso a tentativa de impor a escola sem partido, e da reforma do ensino médio ter retirado as principais disciplinas que levam os estudantes a um pensamento crítico”, destacou.

A Confetam irá participar da Conferência Nacional Popular de Educação (CONAPE), que será realizada em maio, em Belo Horizonte. A presidenta espera que os participantes saiam da conferência “mais fortalecidos, mais unificados e com um plano de ação em conjunto para que se possa construir uma educação emancipadora para todos”, disse.