Escrito por: Déborah Lima

Pela primeira vez, Confetam/CUT integrará o Conselho Nacional de Assistência Social

Secretária de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, Irene Rodrigues representará a entidade no CNAS.

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Irene Rodrigues tomou posse durante a 265ª reunião do CNAS

Durante a 265ª reunião do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), realizada nos dias 4 e 5 de junho, em Brasília, os novos conselheiros do órgão foram empossados. Vitoriosa no processo eleitoral, realizado no mês de maio, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) passa a integrar, pela primeira vez, os quadros do Conselho, representada pela secretária de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora da entidade, Irene Rodrigues.

"O objetivo da Confetam é fazer a defesa intransigente da política pública da seguridade social, em especial no CNAS, porque entendemos que há muito o que garantir de direito para o povo brasileiro e a Confetam, como entidade que está na base dos municípios no Brasil inteiro, não deixará de fazer o seu papel enquanto entidade da sociedade civil", afirma Irene Rodrigues. 

Defesa da Seguridade Social

Em sua primeira fala no Conselho, a dirigente da Confetam/CUT pediu como ponto de pauta esclarecimentos sobre a origem dos recursos que serão usados pelo governo para cumprir o compromisso, assumido durante a greve dos caminhoneiros, de reduzir o preço do óleo diesel.  

"Para nós, a forma como o governo fez é um equívoco, pois não garante a Seguridade Social, já que a redução dos valores, reivindicada pelos grevistas, também vai diminuir a receita da Saúde, da Previdência e da Assistência Social, pois esses impostos compõem esses financiamentos", criticou a nova conselheira. O tema foi incluído como ponto de pauta da próxima reunião do CNAS, marcada para os dias 10, 11 e 12 de julho. 
 
Política de preços dos combustíveis

Irene Rodrigues enfatizou que a Confetam/CUT encampa a luta pela redução dos preços de todos os combustíveis e tem acordo com a posição da Federação Única dos Petroleiros (FUP) que aponta a política de preços da Petrobrás, e não a carga tributária, como real causadora dos valores escorchantes dos combustíveis. 

"Não é simplesmente reduzir os valores. Precisamos mudar a política econômica do Brasil e a política de reajuste dos preços dos combustíveis que internacionalizou os valores do petróleo. O Brasil tem capacidade para produzir mais de 80% dos produtos derivados do petróleo consumidos no país. Temos tecnologia, temos matéria prima. Então, o nosso posicionamento é de que é necessário rever a política de preços, e não reduzir às custas de cortes no orçamento e retirada de direitos dos trabalhadores", concluiu.