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Com a cassação da governadora, estado expõe a deterioração de suas oligarquias controladoras do poder

Publicado: 29 Janeiro, 2014 - 00h00

Com a cassação da governadora Rosalba Ciarline (DEM), o Rio Grande do Norte atinge seu pior nível de tolerância com a tradicional classe política que o governa há décadas – as velhas oligarquias e seus herdeiros – que a seu bel prazer sempre “casaram e batizaram” nas hostes do poder local, com o aval de uma população confusa e encurralada nos currais eleitorais e guetos políticos regionais, onde os coronéis do passado e do presente são responsáveis diretos, agora, pelo caos instalado no Palácio do Governo.
Governadora cassada por abuso de poder econômico. Serviços básicos de atendimento a população degradados, por falta de competência e sensibilidade administrativa e social dos que nos governaram até então. Disputas de bastidores pelo controle da máquina pública do poder, pelos que anos atrás ajudaram a eleger Rosalba senadora e depois, governadora. Isto são partes dos sintomas que sangram na inconformação passiva da população que, na crista da onda, colaborou eleitoralmente para que estes senhores e senhoras pudessem “Fazer Acontecer”.
Os que apadrinharam Rosalba nas duas últimas eleições, agora, tiram o dedo da responsabilidade que assumiram e o aponta para os erros, por ela cometidos como se não tivessem nada a ver com o desastre em expansão.
As duas e principais aliadas oligarquias do estado – Alves (PMDB) e Maias (Arena/PDS/PFL/DEM) – padrinhos diretos de tudo o que está em vigor no desencontro de interesses governamental que vive o Rio Grande do Norte, reformulam e adequam o discurso para retornarem nas eleições que se aproximam com outro títere para apresentarem na disputa, desde que o escolhido(a) mantenha seus status de poder político e o controle eleitoral num dos estados mais atrasados do país, onde seus “líderes” não passam de “senhores feudais” modernos e bem aparelhados pela máquina do poder (que nunca deixaram de controlar), pois desejam, e vão ainda por muitos anos, decinas suas mansões e gabinetes refrigerados, os destinos da pobreza e do atraso a que este estado ainda sucumbirá por muitas e vergonhosas eleições futuras.
O Vice-governador Robson Farias - PSD - (foto) espera a ordem para assumir o caos estabelecido e aparecer como o salvador das terras potiguares, buscando dá provas de competência na tentativa cenográfica de redirecionar a administração para uma agenda positiva e impositiva, voltada para agradar “gregos, bêbados e troianos”, e viabilizar seu projeto eleitoral, pois a esta altura do desgaste da vida econômica, política, administrativa e social que vivemos, o povo já está embriagado com tanta sacanagem a que já foi vítima ao longo dos 50 anos em que os impérios oligarcas transformaram suas vidas em uma mera cesta de conveniências para se manterem, luxuosamente, no berço do poder.
Mesmo assim, serão milhares do povo que sairão às ruas e as urnas para confirmar sua condição de cegueira, alienação e submissão para votar (de novo) nos mortos-vivos da política norte-rio-grandense e depois, festejarem a vitória com suas próprias desgraças sociais.
Meus pêsames, governadora(es)!