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Agenda de luta prossegue até dia 11, data da votação final do impeachment

Agenda nacional de luta contra o golpe reinicia nesta quinta-feira (05) e prossegue até a próxima quarta-feira (11), data prevista para a votação final do impeachment no Plenário do Senado

Publicado: 03 Maio, 2016 - 18h11

Escrito por: Confetam

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Em Fortaleza, sósias de Eduardo Cunha e Michel Temer deram entrevistas à imprensa

Com a aproximação da data de votação do relatório do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na comissão especial do Senado, prevista para a próxima sexta-feira (06), a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Muncipal (Confetam/CUT) convoca toda a categoria a engrossar fileiras contra o golpe de Estado em curso no Brasil. O primeiro passo para fortalecer a luta dos trabalhadores em defesa da democracia e do resultado das eleições presidenciais de 2014 é se engajar na agenda de lutas do mês de maio, iniciada com as comemorações do Dia do Trabalhador.

A agenda de atividades prossegue nesta quinta-feira (05), Dia Nacional de Luta contra a Globo e o Golpismo Midiático. Com o tema "Monopólio é golpe!", servidores municipais de todo o país reforçaram os protestos, a maioria deles realizados em frente às repetidoras da Rede Globo no estados e municípios. Em Fortaleza (CE), o ato público ocorrerá o dia inteiro, das 9 às 19 horas, na Praça da Imprensa, onde fica localizada a TV Verdes Mares, repetidora da Globo no Estado. As atividades estão sendo coordenadas pelos comitês regionais do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC).

No dia seguinte, sexta-feira (06), dia da votação na comissão especial, ocorrerão mobilizações em Brasília para pressionar os senadores a se posicionarem contra a abertura do processo. "Este momento será decisivo, tendo em vista ser necessária apenas a maioria simples dos votos dos 21 parlamentares que compõem a comissão para a aprovação da admissibilidade do processo", destaca a presidente da Confetam/CUT, Vilani Oliveira.      

Na segunda-feira (09), o compromisso será no Congresso Nacional, onde será instalada a Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora. Formada por deputados federais e senadores, a Frente não só trabalhará para derrotar o golpe, como dará suporte no Parlamento para a defesa dos direitos dos trabalhadores, ameaçados pela "pauta bomba" que tramita no Congresso.

Paralisação nacional 

Todas essas atividades têm como objetivo construir uma grande mobilização com vistas à paralisação nacional da próxima terça-feira, dia 10 de maio, véspera da votação final sobre a admissibilidade do impeachment no Plenário do Senado. Na data, estão programadas ações diretas para interromper a produção, o transporte, o comércio e o setor público, de maneira a sinalizar para os defensores do golpe parlamentar que haverá muita luta se o impeachment passar na comissão.

"A paralisação do dia 10 será um recado para as elites de que a sociedade brasileira não assistirá passivamente a destituição de uma presidente eleita democraticamente pelo povo brasileiro", avisa a presidente da Confetam, que confirmou presença em Brasília a partir do dia 9. Também no dia 10, os trabalhadores protestarão contra o PLC 257/16, que retira direitos dos servidores públicos municipais, estaduais e federais.  

O lançamento da Frente Parlamentar e a mobilização contra o golpe serão reforçadas com a presença das participantes da I Marcha Nacional das Mulheres Indígenas, que ocuparão Brasília do dia 10 até 13 de maio. "No dia 11, dia da votação, faremos uma vigília no Congresso Nacional para defender o Estado Democrático de Direito e os direitos conquistados pelos trabalhadores ao logo de anos de luta, no momento ameaçados pelo Congresso Nacional mais conservador e retrógrado da história do Brasil ", afirma a secretária nacional de Relações do Trabalho da CUT, Graça Costa.  

Confira a agenda de luta contra o golpe: 

Dia 5 de maio: Dia Nacional de Luta contra a Globo e o Golpismo Midiático - Monopólio é Golpe!

Dia 6 de maio: Mobilizações em Brasília no dia da votação do relatório do impeachment na Comissão do Senado

Dia 9 de maio: Instalação da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos da Classe Trabalhadora

Dia 10 de maio: Paralisação nacional na véspera votação do impeachment no Plenário do Senado

De 10 a 13 de maio: I Marcha Nacional das Mulheres Indígenas em Brasília

Dia 11 de maio: Vigília no Senado para acompanhar a votação final sobre a admissibilidade do processo