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15 de Outubro: dia de defender a vida, a educação e de exigir responsabilidade dos prefeitos na volta às aulas

No Dia dos (as) Professores (as), a Confetam/CUT saúda profissionais do magistério, especialmente os que assumem a defesa da vida contra o retorno precipitado das aulas presenciais nos municípios.

Publicado: 15 Outubro, 2020 - 06h13

Escrito por: Confetam/CUT

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Neste 15 de Outubro, data em que celebramos o Dia da Professora e do Professor, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Confetam/CUT) abraça todas as profissionais e todos profissionais do magistério público municipal, particularmente aqueles e aquelas que, desde o início da pandemia, desafiam seus limites físicos e psicológicos para exercer a profissão de educar – ainda que à distância e sem nenhuma condição de trabalho.

Com poucos motivos para comemorações, a data é dia de denunciar a irresponsabilidade de prefeitos que, pressionados por interesses econômicos e políticos, teimam em ignorar os riscos de contaminação pela Covid-19 e tentam forçar o retorno das aulas presenciais sem as condições de segurança sanitária necessárias, prática que arrisca não só a vida dos professores, mas dos funcionários, estudantes, pais de alunos e de toda a comunidade escolar. Portanto, mais do que nunca, o momento é de luta!

Municipais dão exemplo em São Paulo, Porto Alegre e Florianópolis

Bons exemplos de luta vindos de todo o país animam a resistência e fortalecem a organização da categoria na defesa da vida acima dos lucros e dos interesses eleitorais de gestores públicos. Na véspera do Dia dos Professores, o Sindicato dos Servidores Municipais de São Paulo (Sindsep/SP) realizou um ato em frente à Secretaria de Educação do Município contra o retorno às aulas presenciais. A paralisação foi classificada como um “esquenta” para a Greve Geral prometida pelos trabalhadores da Educação do município, caso o prefeito Bruno Covas determine a reabertura precipitada das escolas.

No dia anterior, na terça-feira (13), o bom exemplo veio da Capital do estado do Rio Grande do Sul. Reunidos em assembleia online do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), servidores e servidoras da Educação do município aprovaram greve sanitária, a partir de segunda-feira (19), contra a retomada das atividades presenciais nas escolas, imposta pela gestão do prefeito Nelson Marchezan Jr.

Também numa histórica assembleia virtual, realizada dia 8 pelo Sindicato dos Servidores do Município de Florianópolis (Sintrasem) com a participação massiva da categoria, os trabalhadores da prefeitura aprovaram a deflagração do estado de greve, caso ocorra a liberação das aulas presenciais nas escolas públicas da Capital de Santa Catarina. A situação da região da Grande Florianópolis é classificada como “grave” no mapa de risco do estado para a Covid-19.

Fundeb permanente e luta contra Reforma Administrativa

Além de saudar a força de luta dessas bravas e bravos companheiros no seu dia, a Confetam/CUT aproveita a ocasião para também celebrar com professoras e professores municipais de todo o Brasil uma das maiores vitórias do ensino público brasileiro dos últimos tempos: a aprovação pelo Congresso do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). A entidade agradece a mobilização nacional da categoria nessa enorme conquista para gerações de filhas e filhos da classe trabalhadora, que passarão a ter assegurado na Carta Magna o financiamento permanente da educação básica, a partir da regulamentação do novo Fundeb. 

No Dia dos Professores, a Confetam/CUT reafirma a convocatória à luta contra a Reforma Administrativa de Bolsonaro, que pretende acabar com os concursos e a estabilidade dos servidores para privatizar os serviços públicos, entre eles a Educação. Por isso, precisamos nos manter unidos e firmes na defesa da Educação, dos serviços e dos servidores públicos, das estatais e empresas públicas, e, sobretudo, da soberania nacional, seriamente ameaçada por um assustador tsunami de conservadorismo representado pelo projeto de destruição da Nação posto em prática pelo presidente entreguista.